domingo, 26 de setembro de 2010

Acorde para a Dor

"Aaaahhh!" o grito de Robben ecoou pela sala. Do alto de onde estava pendurado por correntes que prendiam suas pernas e costas perfuradas por ganchos. Via o sangue de suas coxas cortadas e esticadas cair da mesa para o chão e misturar-se à poeira.

Desde o início da sessão de tortura só ouvira o nome dele, e mais nenhuma explicação. Já estava a chorar procurando motivos quando a voz rouca de Kurt fez-se presente assustando-o "Você foi um garoto muito mau Robben", em outra ocasião riria daquilo pensou " Você caiu na tentação do vicio Robben... E ninguém precisa de um tipo como o seu sujando o mundo" explicou intimidador olhando fundo em seus olhos.

Apontou-lhe um cano fino de metal aos seus dedos provocando-lhe choques, acabando por soltar outro grito surpreso. E assim ficou até Kurt ver os dedos escuros e com bolhas e seus olhos inchados quase fecharem-se "Não Robben! Não durma na melhor parte garoto!" o despertou novamente com diversos choques ainda mais fortes pelo corpo. Parou, analisou o local, buscou mais um cano idêntico e o ligou na caixa escura no chão de alta tensão.

Agora o sofrimento de Robben era duplicado, e enquanto os choques o atingiam no abdômen o outro cano distribuía por suas pernas abertas, "Acorde Robben! Acorde! Vamos brincar juntos!" Kurt ignorava o sangue que escorria delas e aproveitava os pinos achatados e compridos para embrenhá-los na região para Robben melhor sentir.

O desmaio que atingiu Robben foi inevitável. E o silencio imperou pela sala por muito tempo até ser quebrado por um pedido de Robben: "Pare, por favor!", que não foi atendido pelo alemão.

O barulho das correntes sendo esticadas sobre as grades e a dor que golpeava o corpo de Robben. Kurt atava as cordas amarradas às correntes metros longe do garoto, em marteladas decididas na parede direita esticando sua pele ao máximo fazendo com que ela descolasse da gordura que protegia. E dessa vez só restava ao jovem gritar insano. Kurt foi até o lado oposto, fazendo o mesmo com as outras cordas, esticando-lhe as pernas ao máximo, fazendo-as separarem-se epicamente do corpo assustado e trêmulo que caiu como um pêndulo a pintar de carmesim a mesa e o chão ainda gritando em pavor. Kurt só apreciava o terror tomar conta do ser mutilado a sua frente. E agonizando em dor Robben desmaiou deixando sua alma correr solta daquele inferno terreno.

1 comentários:

Vitória Cabral disse...

Kurt, é o nome mais lindo do mundo.