Mergulhado na noite
escura, difícil era ver além das trevas e da escuridão. E então a lua era o sol
para mim...
E então as nuvens eram o
que mais colorido havia para minha visão.
Mas então veio você com
seu brilho espetacular... Tão único que me fazia prender a respiração e serrar
as pálpebras, tão desacostumado estava com essa luz.
Seus olhos pareciam mais
intensas e lindas estrelas, maiores e melhores do que aquelas que eu costumava
contemplar.
De onde vieste que não
iluminaste meu caminho desde que nasci? Mas por que tua voz me fere como um
punhal violento?
Por que tuas palavras
parecem me tirar da ilusão que tão docemente criei para mim mesmo?
No silêncio da minha noite
eterna eu era intocável... Mas nos murmúrios da tua manhã cálida me sinto
vulnerável.
Pode o dia e a noite se
encontrar para além dos segundos de sua vida e morte?
Podemos nós nos
misturar e assim criarmos uma nova tela de cores, nem dia nem noite, apenas
eu e você presos um ao outro como as trevas dependem da luz para existir?
Como posso me aproximar
sem te ferir? Como posso te tocar se por tanto tempo afiei minhas garras para
que causassem dor e não carinho...
Mas aí está você.
Sempre presente em meus
sonhos, atento a minha dor, colocando-a acima da sua.
E então seus olhos passam
a brilhar mais que tudo para mim e eu senti vontade, de mais uma vez... Voltar
a ver o sol.
1/JAN/2010
Revirando algumas coisas antigas encontro isso.
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