Desde o início dos tempos as regras seguem-se assim: vários humanos ordenam e apontam o que é certo, que caminho seguir, sem considerar o que mais importa; sua opinião. E quando tal ordem soava-lhe nos ouvidos rebeldes dava 'stacatto' no meio do caminho e segui para a direção oposta, ironizando ordens alheias como que por cansaço de argumentar. Eddra seguia seus próprios passos e questionava quando decidiam por si, pois preferia a desordem e a eloquência de seus próprios atos tortos e trépidos, seu amor contemplativo ao que era realmente belo do que imposições que só mascaravam agonizantes vontades. Era a melhor naquilo, desconcertar e tirar de ordem as coisas mais simples apenas para deixar sua própria assinatura. Naquela terra inóspita tornou-se amante de desafios, recusando a queda de obstáculos e tantas outras mesquinharias que todos que estavam à sua volta ofereciam. Não precisava de livros e governos a ditar mentiras nem de meios para trazer a artificialidade que contaminava a todos, aquela conduta quixotesca bastava para alumiar seu caminho desconhecido e eterno guiado por tudo aquilo que era desprezado. Descartar conceitos e tornar-se algo não identificado, suscetível à metamorfose que era-lhe a vida, foi o caminho mais fácil para não seguir ninguém. Crônica inspirada na poesia Cântico Negro de José Régio.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Próprios passos
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