quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DOG DAYS AREN'T OVER


Em um mundo onde o que se sente no interior de si não é importante, resta apenas, às vezes uma forma de se gritar, de pedir por ajuda. E em um lugar que apenas números importam, como encontrar compreensão em olhos vazios e mesquinhos? Em conversas e abraços efusivos onde apenas sua vida superficial e tola é que está em jogo. Estamos em um mundo cão, muito mais do que antes, todos se tornam cachorros a espera que um caia e que então a carniça seja finalmente aproveitada.
Apenas mascaram-se em simpatia, mas porque importar-se? É muito fácil julgar apenas o que é visto na frente, quando os fatos são mastigados e distorcidos são expostos; é muito mais fácil apontar o dedo no erro e sofrimento alheio, do que simplismente olhar-se no espelho e ver o quão feio interiormente se é.
Sim, você é feio. Quando você for velho, essa sua cútis tez será apenas um amontoado de rugas, então você será mais que nada, será merda pura. Isso na sua concepção superficial da vida, ou na concepção estúpida de adolescentes e adultos vazios e podres por dentro.
Pois é, é uma prisão invisível, mas o que fazer se é a única opção para algo dar certo? Aguentar, ou tentar já que as tentativas são falhas e trôpegas e desistir é visto como um ato covarde. É só uma forma de sair de fininho do palco, e ganhar os bastridores.
Bem-vindo aos dias de cão, se você estava achando que tudo era um conto de fadas. Finais felizes não existem, ou estão sacaneando o eu-lírico e adiando o quanto podem para tornar-se um triste final.

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